Eles estavam todos reunidos no campo para observar o céu. A cidade inteira veio. Afinal, não é todo dia que vida extraterrestre entra em contato com a Terra e marca um encontro com o prefeito.
Crianças pequenas se vestiram com suas melhores roupas e se comportavam da melhor maneira possível. Os idosos pareciam elegantes em seus ternos e tentavam parecer sábios para saudar esse novo tipo de vida.
O prefeito estava especialmente pomposo, com sua esposa esbelta a seu lado.
– Sabe, esta é a primeira vez na história que alienígenas falam com humanos. Não estou surpreso que eles tenham escolhido o povo de Creekville para encontrar – ele anunciou a todos que quisessem ouvir.
– Tudo se deve às suas orientações exemplares, meu amor. Mas talvez não devêssemos dizer alienígenas, eles podem achar ofensivo.
– Tem razão: vamos chamá-los de seres extraterrestres então – afirmou o prefeito, voltando-se para o cinegrafista do noticiário local. – Você está capturando tudo? Precisa de mais luz?
O operador balançou a cabeça e garantiu que tinha bastante fonte de luz de seu equipamento.
– Olhem! – Uma mulher, a Miss do Estado, apontou para cima.
As cabeças se voltaram para o céu noturno, onde uma luz vermelha tinha aparecido.
– São eles? – Alguém perguntou.
– São muito pequenos – queixou-se uma criança.
– Não, é apenas um avião – respondeu um outro.
Do fundo da multidão, Dennis e Louis observavam enquanto as pessoas esperavam ansiosamente pela chegada dos ETs.
Os dois meninos olharam para o céu, então Louis se virou para Dennis.
– Acho que fomos longe demais dessa vez. O que vamos fazer quando os alienígenas nunca vierem?
Mas o pequeno Dennis não estava preocupado. Ele sorriu.
– Faremos o que minha mãe sempre faz quando deseja evitar um compromisso: diremos que os alienígenas estão com dor de cabeça.
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