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Foto do escritorJulia Roscoe

Uma vingança rápida e doce

Parte 3

Esperar que a ajuda chegasse era como esperar por um milagre. Felicity rezou para que Aaron ficasse bem, ela rezou para que ele estivesse de alguma forma vivo e inteiro.

Quando ela tentou ir em direção a ele, Maggie a impediu, dizendo que não era seguro. Ela estava certa, claro, mas isso só significava que Aaron ainda estava em perigo. O motor podia explodir a qualquer minuto, Aaron podia sangrar até a morte, ele pode ter tido uma concussão grave. As opções não eram felizes, nem suas chances.

Eventualmente, os paramédicos chegaram. Levaram muito tempo para fazer seu trabalho, pensou Felicity. Aaron estava morrendo lá embaixo e eles ainda não tinham acesso ao interior do carro destruído.

A polícia chegou no momento em que a cabeça sangrando de Aaron apareceu sendo puxada pela janela.

– Senhorita, pode nos dizer o que aconteceu? – um dos policiais tentou falar com ela.

Ela não estava prestando atenção. Como ela poderia quando seu namorado estava sendo examinado pelos paramédicos e sendo trazido em uma maca? Naquele momento, não importava que Aaron tivesse terminado com ela, não importava que ele estivesse saindo com outra pessoa. Felicity o amava – tudo o que ela queria era que ele ficasse bem.

Ela se lembrou do primeiro beijo deles. Aconteceu antes de um dos jogos de Aaron; ele disse que precisava de boa sorte, então ela se inclinou para frente e ele a encontrou no meio do caminho. Quando o time dele venceu naquela noite, ele correu para o lado dela, levantou-a no ar e beijou-a novamente na frente de toda a escola. Eles só tinham ido a um encontro até então, mas parecia que estavam juntos desde sempre.

Eles logo se tornaram um dos casais mais populares da escola, sabe, eram o objetivo de todos os adolescentes, pelo menos, era o que Felicity costumava pensar. Talvez por isso a queda deles tenha sido tão trágica, quanto maior a altura…

Ela também esperava ser coroada Rainha do Baile ao lado de Aaron. Todos aqueles sonhos, todo o futuro deles, foram destruídos há dois dias. E agora, o futuro pessoal de Aron, com ou sem Felicity, pairava no ar.

– Aguente firme, amigo – disse um dos paramédicos enquanto colocavam a maca na ambulância.

Felicity teria corrido para ele se não fosse pelos braços surpreendentemente fortes de Maggie ao redor dela.

Antes de fecharem as portas, Felicity ouviu as palavras que despedaçaram seu coração já partido.

– Depressa, estamos perdendo ele.

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