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Foto do escritorJulia Roscoe

Uma vingança rápida e doce

Parte 5

Quando as portas duplas finalmente se abriram, a cirurgiã tinha um sorriso orgulhoso no rosto. – Ele vai ficar bem – ela disse e as pessoas na sala de espera comemoraram de alívio.

Felicity abraçou os pais de Aaron. – Ele é tão forte. Eu sabia que ele ficaria bem.

A Sra. Gellar sorriu para a garota, os pais sempre gostavam de Felicity, e de como ela era educada e meiga. – Ele vai ficar feliz por você estar aqui, – disse ela e se virou para a médica, – Quando podemos vê-lo?

Mais meia hora de espera. Dessa vez, as preocupações de Felicity não eram se Aaron sairia dessa ou não. Ela estava preocupada com o que ele lembraria, se ele se lembraria da fumaça saindo do capô, se ele lembraria que havia algo errado com seu carro antes do caminhão chegar.

– Ele teve muitos ferimentos, – Felicity disse a Maggie, embora ela estivesse mais pensando consigo mesma do que buscando a garantia de sua amiga. – Ele provavelmente não se lembra de nada.

– E se ele se lembrar? – Maggie perguntou, roendo as unhas.

Antes que ela pudesse responder, o Sr. Gellar estava de volta. – Ele quer ver você, – ele disse a Felicity.

Ela engoliu em seco, Maggie apertou sua mão – leal até o fim – e passou pelas portas duplas pelas quais esteve encarando nas últimas Deus-sabe-quantas horas. Quando Felicity entrou no quarto de Aaron, ela tinha um sorriso falso no rosto. Falso porque ela não tinha certeza de por que ele queria vê-la, ela só conseguia pensar em um motivo: ele sabia, ele sabia que era culpa dela, ele a viu seguindo-o de volta naquela estrada.

– Ei, Fee! – Ele sorriu quando a viu. Seu corpo estava coberto de ataduras, seu braço esquerdo estava engessado e sua cor de pele era tão pálida que parecia um fantasma.

Mas um fantasma feliz.

Felicity suspirou de alívio, desta vez dando-lhe um sorriso verdadeiro.

A Sra. Gellar acariciou o braço bom do filho e disse: – Vou comer alguma coisa.

– Como você está se sentindo? – Felicity perguntou e caminhou até o pé da cama de Aaron.

– Cansado. Mas vou viver, – ele brincou, como se fosse apenas mais uma de suas lesões no futebol. – Ouvi dizer que foi você quem ligou para a emergência.

Felicity congelou, era isso: ele estava somando dois e dois e percebendo que ela era a culpada.

– Acho que devo minha vida a você agora. – Aaron piscou de brincadeira, como costumava fazer com ela o tempo todo quando ainda estavam juntos.

– Aaron, do que você se lembra? – Felicity não queria pressioná-lo, mas ela tinha que saber.

– Hum, lembro que fomos ao Rufus com Pete e Sandra. – Ele franziu as sobrancelhas, tentando pensar. – Lembro o que fizemos no carro mais tarde, quando deixei você. – Ele piscou para ela novamente, desta vez de forma mais paqueradora. – Mas nada depois disso.

Esse “acidente” acabou melhor do que Felicity poderia esperar. Aquela noite na lanchonete Rufus acontecera uma semana atrás, quando tudo estava bem entre eles. Antes de Aaron terminar com ela.

– Estou feliz que você esteja bem, amor, – Felicity disse a ele. Ela se aproximou e deu um beijo em seus lábios.

Sim, as coisas tinham saído muito melhor do que o esperado.

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