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Foto do escritorJulia Roscoe

A união em nós


A gente esquece que a história ainda está sendo escrita. A gente esquece que fazemos parte disso.

Na escola, aprendi tudo sobre como o mundo veio a ser como é hoje. As guerras que foram travadas, os arranjos que foram feitos – alianças, disputas e seus resultados. Foi ingênuo da minha parte pensar que as coisas já estavam resolvidas, supor que tudo continuaria sendo como eu vim a conhecer. Já que eu me formei no ensino médio, com todo aquele conhecimento histórico, para mim, foi quando tudo parou. Os territórios continuariam como estavam, as nações produziriam e exportariam seus bens, os países conheceriam seu lugar no mundo. Afinal, estudei sua jornada: sua descoberta, constituição, desenvolvimento. Estudei sua luta pela independência e evolução financeira.

Então é um grande choque para mim ver que há uma nova guerra. Uma que está acontecendo agora, enquanto escrevo, enquanto estou viva e consciente.

Em 2020, já foi estranho perceber que eu estava vivendo em uma era de pandemia. E, se essas teorias da conspiração estiverem erradas, não foi culpa de ninguém. O COVID-19 se espalhou pelo mundo, matando muitos e mudando nosso modo de vida por algum tempo (ainda nos afeta na verdade).

Mas uma guerra? Uma planejada por um governo contra outra nação? Uma lutada por soldados, por pessoas enviadas para morrer por seu país? Isso, minha mente se recusa a entender.

A humanidade não aprendeu com seus erros? Não é por isso que estudamos História na escola? Eu acreditava que tínhamos superado isso, achava que as grandes batalhas eram realmente uma coisa do passado. Eu achava que hoje nossa batalha era pelos direitos humanos e contra a injustiça social, uma batalha que é travada por meio de discussões, petições, palestras, não armas. É triste ver o mundo recair na violência como “solução”. Violência nunca é a resposta. A História nos provou isso.

É especialmente chocante ver essa guerra começar quando ainda estamos saindo dos restos de uma pandemia. Eu acreditava que um dos poucos resultados positivos da COVID foi a união que ela nos trouxe. O vírus me fez questionar a vida humana. Todos nós somos suscetíveis a uma coisa praticamente invisível. Há uma união nisso. As pessoas foram forçadas a ficar longe de seus entes queridos durante anos, mantendo-se afastadas em feriados e datas especiais. Fizemos tudo isso para salvar os outros. E há uma união nisso. Cientistas e especialistas se reuniram para criar uma vacina; os governos trabalharam arduamente para garantir que as pessoas fossem imunizadas. E há uma união nisso.

Então, como alguns indivíduos podem sentir que esta é a hora de começar uma guerra? Bem, eu diria que nunca há hora para isso, mas se houvesse uma, agora não é essa hora! O mundo não precisa de outra tragédia. Este é o momento de se curar, de se sentir grato por estar vivo depois de tudo o que passamos como humanos. Pela primeira vez, com a COVID-19, todas as nações, todos os povos, todos os territórios foram afetados por um “inimigo” comum. E há uma união nisso.

Criar uma guerra entre nós interrompe essa união.

Então, estou aqui para enviar todo o meu amor à humanidade. Para cada indivíduo e criatura viva neste planeta. Aos afetados direta e indiretamente por esta guerra. A Terra precisa de amor, precisa de vida. As pessoas também precisam disso.

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