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Foto do escritorJulia Roscoe

Mudança


Mudança.

Está aí uma palavra que muitos temem, outros buscam com vigor, e que deixa a maioria com borboletas no estômago.

Seja por bem ou por mal, estamos em constante mudança.

Física, mental, espacial, temporal.

O tempo passa e passamos com ele, afinal como já dizia o filósofo Heráclito, “Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio”.

No começo da vida, somos otimistas em relação às mudanças. Aguardamos ansiosos pelo nosso próximo aniversário, pelo próximo ano escolar (e pelas férias, é claro), pelos próximos centímetros na nossa altura.

Cada marco é uma vitória: os primeiros dentes que caem, a primeira menstruação, o primeiro sutiã, o primeiro beijo.

À medida em que crescemos, essas conquistas vêm com mais esforço: passar no vestibular, conseguir o primeiro emprego, ser promovido, mudar-se para a primeira casa ou apartamento, casar, ter filhos.

Alguns passos são universais. Mas cada pessoa tem o próprio ritmo e os próprios objetivos.

Para uns, formar uma família está acima de qualquer realização na carreira. Para outros, a liberdade de horário e espaço vale mais do que fixar raízes. Há também aqueles que farão de tudo para se provarem em seus ofícios.

Seja qual for o seu sonho, estou certa de que uma coisa é necessária para alcançá-lo: mudança.

Se tudo continuar como está, como você irá sair do lugar e chegar aonde quer?

Não é apenas uma questão de esforço, de oportunidades, embora tudo isso conte muito para realizar alguma coisa.

E essa mudança pode ser complicada. É muito mais simples, confortável, ficarmos com o que conhecemos. O familiar é muito atraente, pois é o remédio para o medo do desconhecido.

Isaac Newton já nos falava da tal inércia e como um corpo tende a permanecer em seu estado natural de equilíbrio. É por isso que levantar nossa bunda do sofá depois de três episódios seguidos de Grey’s Anatomy é tão difícil. Por isso procurar um emprego novo para sair do que nos deixa infeliz requer uma força extrema.

Mas, pense comigo, se já estamos em constante mudança, por conta da passagem do tempo na qual falamos mais cedo, a Primeira Lei da Física também se aplica aqui, pois ela também diz que um corpo em movimento tende a permanecer em movimento.

Sendo assim, eu diria que o que nos define é a possibilidade de mudarmos. De nos reinventarmos. De seguirmos novos caminhos e trocar o rumo da nossa história.

E você? Aonde quer chegar?


PS: eu não fazia ideia de que os conhecimentos de Filosofia e Física que adquiri na escola continuavam comigo. Muito grata aos meus professores Jean e Newton por isso.

PPS: sim, o nome do meu professor de Física é Newton. Profético, não?

1 comentario


janedts
04 nov 2021

Acabei de chegar ao blog, por acaso, e esse é o primeiro texto meu. Claro que não é coincidência… fui nomeada pelo destino a fazer “Mudanca” chegar ao meu amigo Newton..

Beijo.

Parabéns!

Serei mais uma degustadora.

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